Onde as palavras só serão lidas por quem as quiser absorver...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

"Respira fundo"

Dá-me mais um momento onde o peso não seja tanto.
Dá-me mais um momento em que as responsabilidades sejam suportáveis.
Dá-me mais um momento onde eu consiga suportar tudo isto.
“Respira fundo…”
Mais um chá, para evitar um comprimido, e mais uma lágrima.
Não suporto isto.
“Sempre suportaste…”
Não isto… Não este sentimento.
Agora se falhar só me posso culpar a mim, não há mais ninguém.
Não há destino, não há sorte nem azar: apenas eu!
E só eu posso falhar…
E não quero e não posso falhar.
Porque sou eu e eu não falho…
Porque todos pensam e dizem que sou capaz…
Apenas eu! Apenas eu me sinto incapaz!
Porque é que pensam que não falho?
Falho…
E sinto que estou a falhar…
Maldita ideia a minha de querer sempre mais…
Já não aguento…

sábado, 24 de janeiro de 2009

Queria tanto não ter razão...

Disse-te, expliquei-te, quase que jurei que isto ia acontecer. Disseste-me que não, prometes-te que ia ser tudo igual, tudo ia ser como antes se nada resultasse. Eu acreditei em ti, tomei-te como certo e agora só queria não ter razão…
Vamos lado a lado fingindo que nada somos, que nunca fomos nada um para o outro. Vamos lado a lado como dois desconhecidos, quando eu sei tudo aquilo que partilha-mos e tu também. Em quase todas as minhas memórias, tempos passados, tenho-te presente: tardes em tua casa, passeios com os meus pais, piadas com os teus pais, aquela noite na praia, os beijos para ninguém ver… Tudo isso são momentos teus e meus, momentos que apagámos (ou tentamos apagar) porque não fomos capazes de simplesmente fingir que nada aconteceu.
Eu sei que a culpa não foi tua, sei também que não foi minha, mas juntos fizemos com que a nossa amizade se dissipasse por um romance que sabíamos à partida que não iria resultar. Eu disse-te que tinha medo, tu sabias que não eras o tal, mas mesmo assim arriscamos. Arriscamos e perdemos tudo, não foi?! Não quero que assim seja… Não quero passar por ti como se nunca tivesses sido ninguém (até porque já foste tanto…). Não quero ter razão, não quero estar certa… Não desta vez, mano =S

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

(Um dia mudo...)

A tua indiferença mais uma vez se fez sentir, todos viram, todos notaram, fizeste-me sentir rebaixada, inútil, conseguiste arrancar-me mais uma lágrima, mais uma vez o meu coração parou por ti (para ela o ressuscitar de seguida). Mais uma vez deixei que brincasses com o meu coração, que ele fosse teu e batesse nas tuas mãos. Tudo isso enquanto eles olhavam para mim e me viam fraquejar, enquanto aqueles que disseste amar ficaram do meu lado, porque foi assim que escolheste. E mais uma vez, ela, aquela a quem mais invejaste, me veio fazer acreditar que tu é que estás errada e eu apenas estou a lutar.
Dizes ter arranjado força na minha fraqueza, pois eu já nem força nem fraqueza: não havia nada! Ela já tinha levado tudo, queria agarrar no meu coração e manda-lo fora, ele teima em bater erradamente… Contudo já ele estava parado quando o fizeste voltar a palpitar! Obrigada, mais uma vez, obrigada por estares lá mana!
Hoje tive a certeza que te amo, que te amei… com todas as minhas forças, dei-te tudo! E agora nem um beijo, nem nada… Desprezo! Apenas desprezo. Como é que pode sobrar tão pouco de tanto que te dei, de tanto que demos uma à outra?!
Não lutarei, não lutarei mais por ti, porque não queres e porque não posso. Porque simplesmente não aguento e não quero mais tentar. Mas por ela agora sei que vou lutar, apesar de ser por ti que choro, é ela a quem deixo limpar-me as (tuas) lágrimas.
Obrigada!

É estranho quando acabo o banho e não consigo secar a cara…

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Diáriamente ambíguo

Quero-te na minha vida, conseguir ter-te a meu lado e expulsar-te ao mesmo tempo!
Quero que fiques comigo, eternamente de mãos dadas e quero também que sumas sem deixar um único rasto para te poder procurar.
Quero olhar em frente, sabendo que te vou encontrar no meu caminho e quero também ter a certeza que não haverá memórias tuas.
Quero contradizer o meu coração e desistir de ti, contudo sei que lhe dou razão e preciso de ti.
Quero implorar a tua presença e também a tua partida.
Quero amar-te e esquecer-te, tudo ao mesmo tempo.
Quero que me ames e somente que me adores, tudo ao mesmo tempo.
Quero… viver cada dia, contigo ao meu lado e ao mesmo tempo sem ti.
Porque tu és assim mesmo, estás presente enquanto te expulso, dás-me a mão e somes sem deixar uma única pista, segues ao meu lado no meu caminho e eu apago (ou tento apagar) as memórias tuas, desisto de ti a cada luta falhada mas luto pois preciso de ti, imploro que fiques e peço que partas, amo-te e (finjo que) já te esqueci… Quero que me ames e sei que o fazes à tua maneira!
És a minha ambiguidade diária, mas que eu nunca quero perder.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

2009

Dizem q a passagem de ano (ou os dias que a antecedem) servem para reflectir, para pensar sobre aquilo que se fez e não se quer voltar a fazer, ou aquilo que não se fez e deveria ter feito. Eu usei esses dias para não pensar, para esquecer: o que fiz, o que vivi, o que não fiz e gostava de ter feito...
A passagem fi-la (convosco), para mostarar que vos amo, pois durante o ano esses momentos por vezes escasseiam...
E quando finalmente cheguei ao 1º dia do ano decidi voltar a pensar, e ai sim decidi, é este ano que eu vou ser teimosa ao ponto de cumprir aquilo que não prometi na passagem de ano mas prometi nas primeiras horas de pensamento... (adivinha-se asneira da grossa...)

E agora que eu estava a pensar terminar o texto de uma outra forma, ou mesmo apaga-lo e mudar de tema, o telefone toca: "Melo" WTF?! Sim amore, bora ao cafe ;)