Onde as palavras só serão lidas por quem as quiser absorver...

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Como sempre, tu.

E lá estavas tu.
Mais uma vez foi a ti que vi quando olhei rio que separa os dois lados.
Ouvi-te dizer no meu ouvido "Um dia levo-te ao outro lado"... Saberás tu que o conheço tão bem quanto o sonhei?
Ouvi-te chamar o meu nome e dizeres para eu não correr, vi a tua mana correr comigo só porque tu disses-te para ficar-mos quietas. Eramos assim... implicantes e mimadas. Tu mimavas-nos.
Enfim...
Foi mais uma das vezes em que eras tu e mais ninguém, apenas tu. Que saudades! Antes de todos eles havias tu, e agora há eles e não tu.
Queria-te só por um segundo...
Queria olhar os teus olhos, sabes que consigo ser feliz?
Queria ver-te, estar contigo...
Penso que se não tivesse acontecido o que aconteceu não serias quem és. A tua mana não é. E era. Agora é apenas a tua mana, é apenas passado. E tu? Também serias? Ter-me-ias levado ao "lado de lá"? Teria eu conhecido o "lado de lá"?

E porque é que me dou ao trabalho de escrever para ti? Vou parar com isto... Não me posso continuar a preocupar contigo, não tenho com que me preocupar certo? Não tás mal. Não podes estar. Nem posso sequer tomar conta de ti, como tu fazias (e fazes). Eu prometo (agora que 2009 se aproxima) vou pensar mais neles e não em ti, porque agora há eles e não tu...

"Se eu soubesse que morrendo chorarias por mim, por uma lagrima tua com alegria me deixaria matar..."

sábado, 27 de dezembro de 2008

Tempo & Espaço

Dei-te tempo.
Dei-te espaço.
Dei-te tudo aquilo que pediste.
Em vão… Tudo em vão! De nada me serviu. De nada nos serviu. A distância apenas cresceu, um abismo foi criado entre nós. E o tempo? E o espaço? Apenas te fez recuar e deixar o abismo crescer!
Agora já não corro, já nem te vejo ao longe como antes via. A distância é demasiada. Mesmo que corra não te conseguirei alcançar. Tu deixaste de olhar para trás. Já não te importa se corro na tua direcção ou na direcção contrária.
Eu também já não me importo, gastei todas as minhas forças, não aguento mais. Vou parar. Vou sentar-me no chão, à beira do meu lado do abismo. Vou apenas observar toda a distância que se criou. Como?
Vou recuperar forças, (não) sei onde as irei buscar, (mas) vou recupera-las.
Vou conseguir levantar-me e seguir em frente, para longe.

. Sei que estarão ao meu lado, sei que me ajudarão a levantar .
. Obrigada .

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Mais um Natal

Mais uma noite em que choro porque não queria que fosse assim!
Mais uma noite que procuro paz, e não encontro.
Mais uma noite que queria que fosse diferente, mas não é!
Mais uma noite…
Igual a todas as outras, a noite de Natal!
A noite da família:
Onde está?
Onde foi?
Quem sabe dela?
Eu sei… Escolhi-os!
Apenas eles recebem o meu sorriso este Natal!
Foi eles quem escolhi!
Obrigaram-me a escolher…
Tive que os procurar, porque eles não estão lá só no Natal!
Afinal de contas, mais um Natal!
E eu sei que eles estão presentes.
No meu coração, eu sei.
Sinto-lhes o carinho, o aconchego.
Secam-me as lágrimas.
É mais um Natal…


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Vamos fazer de conta!

(…)
- Deixa-me contar a história à minha maneira! Se já sabes o fim não tem piada…
- Mas e se eu não gostar da tua história?
- Então mudamos… Posso?
- Sim. Começa de onde paramos!
- Então deixa ver: Eles iam caminhando, lado a lado, envergonhados como sempre, ignorando o que sentiam e dando apenas ouvidos ao silêncio do pensamento, sentiam-se seguros por não terem que arriscar pois aquilo que tinham fazia-os felizes.
- Porque que é que eles não arriscavam? E porque é que ignoravam o que sentiam?
- Posso continuar? Assim não vais perceber a história.
- Mas… ok.
- Eles gostavam um do outro, toda a gente o sabia, via-se pelos sorrisos, pelos olhares, pelos silêncios. Eles também deviam saber, mas não queriam. Não queriam lutar porque tinham medo. À volta deles todos os viam como um só, todos os viam juntos, todos os colocavam lado a lado. Apenas eles se mantinham distantes, longes e calados, mesmo quando estavam lado a lado.
- Oh assim não tem piada. Não gosto assim.
- Porquê?
- Eles têm que lutar…
- O que eles têm não chega? Eles são os melhores amigos!
- Mas eles gostam um do outro, todos sabem isso, porque é que não lhes dizem?
- Quem disse que não dizem?
- E eles não querem saber?
- Eles têm a amizade um do outro. Eles têm uma relação incrível. Eles têm sonhos em comum, não precisam de mais…
- Eles? Tu… Tu e ele não é?
- Desculpa?
- Sim. Tu. Tu e ele. Posso acabar a história à minha maneira?
- Sim…
- Ele um dia acordou e ela não estava lá, procurou-a e não a viu… Sentiu a falta dela e descobriu que não a podia ter distante, quis dize-lo mas ela não estava lá.
- Estás a estragar o final!

- Queres ser tu a acaba-lo? Afinal de contas… a história é tua!

sábado, 20 de dezembro de 2008

Pensar em Ti

Vi-me obrigada a recordar-Te.
Não queria pensar mas Tu vieste ter comigo.
Não culpa Tua mas também não minha.
Incrivel... Depois de tanto tempo, ainda Te amo!
Não devia, não mereces, não queres.
Como Te pude eu deixar ir embora? Assim? Sem um adeus?
Como Te deixei apagar tudo da memória? Nós? O que ficou?
O que nos restou daquilo que fomos?
Memórias. Nada mais.
Isso e a dor.
A dor do amor que tenho por Ti.
E terei sempre!
Serás sempre a 1ª.
Serás sempre a minha musa.
Tu.
Apenas Tu.
Sempre Tu.

No passado, apenas Tu.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Dá-me esperança

Deixa-me sonhar. Não é a primeira vez que o fazes, sabes (como ninguém) fazê-lo. Dá-me asas como outrora e deixa-me voar, deixa-me fugir para esse mundo onde nos encontramos com um simples olhar, deixa-me sentir que estás a meu lado (pois sei que estás). Fala-me ao ouvido palavras flutuantes e que me fazem flutuar, leves e doces palavras que me levam para longe do real. Beija-me outra vez sem que nos toquemos, mas beija-me pois só tu sabes fazê-lo. Precorre o meu corpo sem que estejas comigo, somente com essa força incrivel que é a imaginação. Torna-me mulher, torna-me tua, pois já me entreguei a ti há muito e tu sabes que o fiz... Sinto-te, tenho-te... Como és especial e apenas tu e eu sabemos porquê!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Se eu pudesse… mas (também) não posso.

Um dia gostava de poder contar-te sem qualquer receio aquilo que sinto, aquilo que me magoa e corrói. Gostava de te dizer com todas as letras, a olhar nos teus olhos, o porquê de não poder…
Se eu pudesse… Era tudo mais simples, haveriam sorrisos, as lágrimas secariam, a chuva só caia para pintar o cenário de um filme romântico em que o protagonista beija a mocinha pela primeira vez, a sol brilharia o ano inteiro para poder iluminar os nossos sorrisos… mas isso era se eu pudesse!
Amo-te sabes? Já não sabes, eu sei. Mas amo. Já não to digo, já não deixo transparecer, mas “existe admiração até nas minhas atitudes frias”…Não sei porque (ainda) escrevo. Se calhar quero que saibas e tu não sabes. Quero senti-lo mesmo sem querer. Quero esquecer-te mas esqueço-me de o fazer. Não me quero (tornar a) magoar mas quero voltar para ti. Sou parva… Mas tu gostas assim! <3

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

...e não tivesse amor, nada seria.

Quis esquecer-te e tirar-te da minha vida, com todas as minhas forças lutei para ignorar o amor que me corroía por dentro… Com todas as minhas forças disse que te tinha esquecido e esqueci, esqueci que um dia não eras ninguém e que hoje és quem mais me importa. Esqueci que um dia foste um simples e mero colega, alguém que se sentava no outro lado da sala e que eu às vezes ouvia a voz, esqueci quem eras para não conseguir esquecer quem és.
Nem quero…
És tão importante na minha vida que nem penso esquecer-te, nem tento…
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.” (coríntios 13)

Eu amo-te, com todas as definições possíveis de amor, mas apenas quero o teu sorriso e o maior amor que me podes dar… A nossa amizade! <3

sábado, 22 de novembro de 2008

I'm happy without you :D

Bastaria o titulo... se fosse verdade quando o escrevo!
Nem contigo nem sem ti...
Já não sorrio como antes (nem tento).
Já não há brilho no meu olhar (nem sonhos).
Já não sei por que respiro (nem respiro, às vezes).
Já nem sei por que escrevo (a minha ausência é notória).
Dizem que não estou bem, que se passa qualquer coisa...
Não, não passa!
Ai está o problema, não se passa nada, nada que me prenda...
Não há nada que me dê vontade de acordar, lutar, sorrir...
Antes havia tanta coisa, os planos eram feitos com meses de antecedência (anos... sonhos).
Eram um futuro pelo qual lutava... agora?
Não há nada por que lutar, por que sorrir...
Não há planos, foram-se os sonhos...
Desculpem!
Se já não vos faço sorrir como um dia o fiz (se é que fiz),
se já não luto como lutava (sei que um dia lutei),
se já não se orgulham de mim, a menina (já nada vos faz orgulhar)...
Nada sobrou...
Desculpem...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Apenas mais um segundo!

Apenas mais um segundo!
Dá-me mais um segundo (peço-te).
Quero ter-te a meu lado (mais uma vez).
Perder-me em sonhos nos teus braços (como antes)…
Dá-me mais um segundo ao teu lado!
Bastava mais um segundo, um segundo a teu lado. Juntos.
Mais uma vez te peço um segundo, imploro…
Em vão o faço… É inútil implorar!
É tão inútil como sorrir para que tu vejas… Já não podes ver!
Mas eu sorrio e luto por ti, mesmo que não vejas…
Por sorrir ainda, também te peço um segundo:
A inutilidade é a mesma!
Repara, meu amor, como a (minha) vida é inútil…
Sorrio para que tu repares (nem o podes ver).
Dou a vida por um segundo a teu lado (só o terei se morrer).
É inútil respirar, quero-me entregar…
Mas lutarei por ti, mesmo que não vejas.
Sorrirei por ti, mesmo que não possas contemplar.
Só não valeria a pena se eu não pudesse pensar…
Se eu não te pudesse recordar…
Ai sim, nada valeria a pena!
Contudo… És o passado mais feliz da minha vida!
E por isso sorrio e luto, meu amor…

domingo, 9 de novembro de 2008

A praia é um lugar fixe!

O texto ia longo e (mais uma vez) apaguei-o. Porque estou cansada de chorar por ti, mesmo sabendo que choras por mim e que no futuro vais voltar a entrar no meu mundo… “welcome to my world, she said”. Deixa o futuro chegar…

Mas a vida não tem que ser tão cruel, e longe de ti (mesmo contigo no pensamento) consigo sorrir! E se o mar ainda me acalma como antes a praia é o lugar perfeito para se estar numa tarde com um sol radiante… Hoje foi um desses dias, o mar chamou por mim e eu fui ao seu encontro! Adormeci ao som das ondas e sobre o olhar do sol! Engraçado, podia chamar-te sol, sei que me observaste enquanto eu fui ao encontro de outro alguém, alguém que tu sabes não ser tu… Admiro-te, por me amares assim mesmo. Por ainda o fazeres, por manteres esta amizade mesmo querendo mais! Tens uma capacidade incrível, és um amigo excelente… Obrigada por estares na minha vida, meu Kikinho (sei que odeias que te chame isto).

Porquê que os meus textos têm sempre dois pontos de vista e umas quantas criticas?! Enfim…

terça-feira, 28 de outubro de 2008

I hate myself for losing you

Perdi?
Não sei…
A lua ainda brilha, a sua luz ainda ilumina as (minhas) noites mais frias.
As minhas lágrimas ainda caiem sobre o seu reflexo.
Sei que ainda a observas nas tuas noites, sei que quando te sentes sozinho ainda procuras o luar.
Queria que soubesses, é essa a lua que eu observo também!
As lágrimas já começam a surgir, disfarço-as… Não mereces uma única lágrima minha… Entretanto não resisto! A vontade é de esquecer, contudo não consigo…
Disse-te que eras importante, não menti… Preferia tê-lo feito, trocava a minha verdade por essa mentira! Agora seria fácil, agora seria simples… Não chorava, não doía… Agora não sofria…
Gostava de não teimar (às vezes), não teimar comigo própria… Abraçar-te pois o meu coração o pede, ter-te a meu lado pois fazes-me falta… Mas teimo, nego-o e entretanto em silêncio choro, por teimar, por sofrer.
Perdi-te?
Sei que sim…
Perdi-me?
Mais ainda…
Pois não vou lutar.
Não vou admitir que me fazes falta, fazes, mas não to direi…
Adoro-te, mas não irás sabê-lo…
Desculpa… Sei que continuarei a teimar…
Mesmo que não queira, mesmo que precise de ti…
(Preciso)
Não irei dizê-lo…


I hate myself for loving you...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O que farias se só tivesses 24 horas para viver?

Alguém, que anda a ver os morangos tempo demais, fez chegar ao meu telemóvel esta pergunta… Eu pensei e acabei por responder com a coisa mais parva que me ocupou o pensamento! (Desculpa…)
Mas a tal pergunta ficou-me na cabeça, afinal de contas o que eu faria se soubesse que amanhã a esta hora já não estaria aqui… Algo que eu, e quase todos, tomamos como certo… Passamos horas a preocupar-nos com o que vamos fazer no dia seguinte, na semana seguinte, no próximo mês, naquele ano em que queremos tirar a carta, comprar um carro, procurar uma casa… E se amanhã tudo acabar?
A pergunta é tola, mas faz sentido… O que são 24 horas para quem passa uma vida a planear o futuro? Se eu só tivesse 24 horas passaria 12 a planear o que fazer nas outras 12? Não gosto de pensar que o faria… Afinal de contas, é difícil viver a pensar que amanhã podemos não cá estar, é difícil não planear o amanhã…
Realmente… O que faria? A resposta é menos complexa do que parece, viveria tal como tenho vivido até agora! Entregando aquilo que sou àqueles que amo, entregando o que tenho a quem quer receber! Passeando de mãos dadas com alguém especial, beijando os lábios que me sabem bem, olhando nos olhos que me fazem suspirar, dando beijinhos no pescoço de quem se arrepia com eles… Tentando não esconder o que sinto (e falhando essas tentativas), dizendo “bye” em vez de “amo-te”, dizendo “adeus” em vez de “preciso de ti”… E adormeceria por fim, sendo quem sempre fui, com quem amo no pensamento e no coração, pronta a entregar-me com um sorriso por ter a certeza que vos amei como pude, e que, à minha maneira, vos tentei fazer felizes…

Se só tivessem 24 horas de vida, mudavam aquilo que são?

domingo, 12 de outubro de 2008

Ainda é por ti...

Já passou tanto tempo e ainda te tenho tão presente, és o passado mais recente da minha vida e tão ausente te encontras. És quem nunca admiti perder, o primeiro a dizer adeus… É injusto não te ter hoje a meu lado, é injusto teres partido tão cedo, é injusto toda a injustiça que paira sobre mim e que me fez perder-te!
Amei-te sim, e ainda te amo como outrora, sei que te amarei para sempre, pois partis-te enquanto te amava e agora já não me podes magoar, já não há nada que possa quebrar o amor que (ainda) há em mim!
Quando relembro o passado sei que estás sempre presente, foi ao teu lado que me tornei quem sou hoje, sei que terias orgulho em mim… Sinto que tens orgulho em mim pois custa-me admitir que te tenho de conjugar apenas no passado quando estás tão presente…
Farei tudo o que estiver ao meu alcance para nunca te desiludir, nunca mais te darei motivos para chorares por mim, lutarei como sempre me ensinaste a fazer!
Ainda és o meu motivo para sorrir, Diogo @

[15 de Outubro de 1987 – 29 de Junho de 2003]

domingo, 5 de outubro de 2008

The Moon

"The world has two pieces of one ensemble
The one side is the light;
Shiny, sparkling and full of warmth
The other side, the dark side
Is scarry, gloomy, but romantic
But one thing is the best of it
The moon
Everything get's a new point of view
You.
You're like the full moon
You're beauty and gentle
You bring the light into the dark
If I'm the dark,
Please show me your light that'll fall inside me
Rescue me and take me with you
Let me be one of your stars..."


I want you to know that it's you who makes me shine... <3

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Joana

A noite vai longa e a lua já se ergueu no breu céu, a tua ausência torna-se cada vez mais forte e a vontade de correr para teus braços assombra os meus pensamentos. Queria ter-te a meu lado mas por mais que corra não te alcanço, queria gritar que te amo mas por mais que eu grite sei que não irás ouvir! Quero correr para ti e pedir-te para seres minha outra vez, para ser tua outra vez, mas eu corro e tu continuas longes… Observo-te olhando para cima, de onde te encontras não vejo mais que escassos pedaços, embora corra sinto que estou cada vez mais longe… Quando te sinto o mais perto que posso, ergo a minha mão para te alcançar, mas a tua repulsa é maior do que a aceitação e mais uma vez caio… Quando me levanto deparo-me novamente contigo vendo-me do alto e novamente procuro forças para te tentar alcançar…
Anseio pelo dia em que não deixarás a minha mão, o dia em que me ajudarás a subir para esse teu patamar, o dia em que poderei dizer-te ao ouvido que te amo e poderei novamente estar em teus braços…

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Apagar...


O texto já ia longo, já se contavam algumas folhas e também algumas lágrimas... Mas depois de reler voltei a chorar e cliquei para apagar... Infelizmente fiquei a pensar em ti, a pensar e a pensar... Um dia esqueço-me de pensar... Porque que ainda penso em ti?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

London

A janela esta aberta, e esta frio la fora... posso sentir o vento entrar e percorrer a minha pele!
Isto por aqui é diferente, o frio nao me gela pois ja me sinto gelada, o frio que paira por mim relembra-me aqueles que me aquecem...Tenho saudades vossas! Acho que nunca me aprecebi (como agora) da vossa importancia, infelizmente também me apercebi nao ser assim tao importante...Muito acabou, muito ira começar... Eu sabia que as coisas mudariam, mais tarde ou mais cedo, so nao pensei ser assim, desta maneira...

Marina (o teu nome ainda se escreve com mana sabias?) nunca quis que as coisas ficassem como estao, mas infelizmente passou um ano e tu ainda nao compreendeste como eu funciono! Ainda nao percebeste que nao é quando eu digo que te amo que o sinto, é essencialmente quando nao o faço! Mas ainda nao entendeste, nao foi? Nem notaste as vezes que sem eu dizer nada te disse tudo, as vezes em que so com um olhar te disse que te amava!
Agora, talvez seja tarde, talvez ja nao queiras sequer saber que ainda te amo e que "para sempre" ainda vale a pena... Acredita que eu mudei, ja nao vou baixar os olhos quando me magoares, ja nao vou fingir nao ouvir ou tentar esquecer, ja nem vou voltar a lutar... Tenho uma luta maior para travar, e sabes que nao irei desistir... Desculpa se ainda te amo e se te magoou com isso, isso nao mudara...

sábado, 30 de agosto de 2008

7:30 AM

(Hei porque estás aqui?)
-Olá amor…
(Amor?)
- Porque estás aqui?
-Linda, eu voltei, tu pediste e eu voltei.
(Tu voltas-te? Eu pedi?)
-Mas…
-Não precisas dizer nada linda, agora eu estou aqui e vai correr tudo bem!
(Não correu da primeira vez, porque correria agora? Mas afinal de contas, porque é que estás aqui?)
-Mas eu não me lembro de te ter pedido nada...
-Claro que te lembras amor, a nossa noite princesa, disseste de novo que me amavas e que íamos finalmente ficar juntos…
(Eu disse isso? Mas eu não te amo nem quero ficar contigo, porque o diria?)
-Linda estás bem?
(Agora já não sei se estou, não me lembro de nada e agora tu estás aqui…)
-Bem, sim, mas não entendo porque estás aqui e estou meio atordoada!
-Eu acho que bebeste demais.
(Então foi isso… mas não foi só isso, não pode ter sido só isso)
-Eu ofereci-te uma bebida mas acho que já tinhas bebido…
(Foste tu, eu ontem não bebi mais do que isso…)
-Saí daqui! Não te quero mais na minha vida, não mereces o que te dou, não mereces estas aqui! Amei-te muito no passado, mas eu cresci e tu também, eu mudei e tu não sei… Eu segui a minha vida, sem ti, e quero continuar com ela, sem ti…

sábado, 9 de agosto de 2008

Abram-se portas!

“Fechaste-te no teu mundo e a única coisa que lá está é a Joana. E eu fico do lado de fora a bater à porta mas tu nem ouves. Provavelmente vou ter de partir uma janela para conseguir entrar. Só para tu me expulsares a seguir.”

Fecharam-se as portas sem eu dar por isso e as únicas pessoas que conseguiam entrar eram aquelas que tinham a chave, eu não ouvia o tuc-tuc de quem batia nem tão pouco o toque da campainha. Estava centrada na Joana e nada mais queria ouvir… Mas tu partiste uma janela e entraste, ao mesmo tempo em que a porta se abriu e ela saiu, não porque eu lhe tenha aberto a porta, mas porque eu deixei de a ouvir…
Fui atrás dela enquanto te deixei sozinha, de janela partida e de porta aberta, para que nada te impedisse de partir. Quando voltei, com ela, tu ainda lá estavas e mais uma vez eu não fui capaz de a ouvir só a ela, e novamente ela partiu… As vezes que isto sucedeu foram imensas, ela partia e eu corria atrás dela porque nunca fui capaz de enfrentar a minha vida sem ela.
Agora que ela partiu e eu já não tive forças para correr, ou agora que ela foi mais forte do que eu, voltei destroçada… Encontrei-te lá como sempre, mas desta vez eu estava magoada e (mesmo sem a ter a ela) não queria ouvir-te. Queria voltar a concentrar-me nela, só que ela já não lá está para eu a ouvir. Queria voltar a fechar as portas e a tê-la. Só que ela já não quer e eu tenho que fingir que a minha vida ainda faz sentido e seguir em frente.
Pois agora: abram-se portas, partam-se janelas, afastem-se as cortinas e deixem a vida entrar, eu não me quero voltar a fechar cá dentro (embora haja quem detenha mais a minha atenção)... Entrem todos para então poder fechar portas e ter-vos a todos cá dentro e esperar que ela volte e entre de novo na minha vida, pronta para abalar tudo outra vez e para voltar a mudar o fim da história.
Prometo não vos mandar embora, prometo não expulsar ninguém… Só não prometo conseguir cumprir o que prometi, mas prometo tentar. Mesmo que os meus braços não procurem o vosso abraço os meus olhos o indicarão, mesmo que eu tente partir as minhas pernas irão impedir-me de o fazer, mesmo que a minha boca já não diga que vos ama o meu coração fá-lo-á.

Obrigada por permanecerem @ Vítor, Cláudia, Apolo, Marina, Joana (Ferreira), Inês, Ricardo, Tiago, Telmo, Rafael, Gonçalo…

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

“Há sempre alguma coisa que vale a pena”

No desfeche mais esperado disseste que “há sempre alguma coisa que vale a pena”. Eu ontem também tinha a certeza disso, nem que fosse a esperança, havia algo que valia a pena. Agora? Não sei se algo valerá… Perdi-te! (Não que sejas um peluche ou um porta-chaves que se perde por ai). Mas porque foste a minha mais preciosa conquista e a minha maior perda, porque foste a minha melhor amiga, a minha primeira melhor amiga, a mais sincera, aquela por quem mais fiz e que no fim de tudo, a pessoa que mais magoei.
Já não te peço perdão, até porque me pediste que não o fizesse. Pergunto-me como farei agora para olhar em frente, o que me dará força para acordar amanhã, o que sustentará o meu sorriso… Não creio que haja algo que amanhã me faça sorrir, não creio que volte a sorrir como o fiz contigo a meu lado.
És a pessoa que mais amo na minha vida, cresci em tudo a teu lado, tarde demais me apercebi disso. Obrigada por todos os momentos que vivi contigo, nada mudaria de tudo o que vivemos juntas. Agora choro por jamais o poder viver, por jamais estares a meu lado para me veres sorrir, por jamais sorrir como o fiz contigo…
Partirás e levarás contigo parte do meu coração, não sei de que te valerá ele agora. Contentar-me-ei agora em ver-te longe. Contemplarei o teu sorriso e esse será o meu único motivo de sorrir. Sorrirei ao ver-te sorrir, prometo.
Amar-te-ei por toda a minha vida, seria incapaz de não o fazer.

sábado, 2 de agosto de 2008

O (infinito) poder de sonhar.

15 de Outubro de 2018

É mais um dia, o sol tenta brilhar lá fora contudo as nuvens de princípio de Outono impedem-no de iluminar por completo a minha janela. O despertador há já muito que tocou mas eu ainda estou de pijama a contemplar a vista magnífica do nosso apartamento (ainda não me habituei a acordar vislumbrando o oceano). Como a minha vida teria sido mais calma se olhasse o mar a cada amanhecer…
É segunda-feira, o trabalho aguarda-me e sinto vontade de ser criança outra vez, queria não ter que sair para trabalhar. Não perdi muito do lado criança que havia em mim, ainda o tenho, só já não me resta a escola ou algo onde a preocupação fosse reduzida. Em vez disso tenho uma bela roupa pendurada no meu roupeiro, maior ainda do que o cobiçado roupeiro cinzento que tinha quando mais nova, roupa essa com a qual irei sair mais um dia para me sentar na minha secretária num dos lugares mais desejados por qualquer pessoa que ambicione trabalhar num banco (às vezes quando acordo e vejo a imensidão do mar pergunto se valerá assim tanto esse lugar que ocupo e se terá valido a pena tudo aquilo que lutei para o alcançar).
São agora 8 horas, gosto de saber que mesmo estando atrasada ainda me resta uma imensidão de tempo. A roupa já cobre o meu corpo que ainda há bem pouco tempo estava tão diferente. Hoje visto uma saia pelo joelho cor-de-cereja com uma camisa de manga em balão branca, o casaco que condiz com a saia está ainda pendurado na cadeira e ainda estou a pensar se o irei levar comigo para o caso de ter frio. Tenho um espelho à minha frente para o qual me maquilho com uma sombra avermelhada e um batom discreto, a maquilhagem essencial ao meu dia-a-dia. Disfarço as marcas que deixei na pele durante a adolescência com um pouco de base ligeiramente mais escura que o meu tom ainda bronzeado do verão.
Desço agora as escadas que vão dar a sala principal, a cozinha fica do lado direito e é para lá que me dirijo para preparar o pequeno almoço… As torradas ficam prontas ao mesmo tempo que oiço um sussurrar atrás de mim: “Essa saia fica-te tão bem”. Como é bom ouvir um elogio (teu) pela manhã. Um beijo de bom dia é aquilo que me dás a cada alvorecer (continuo a ansiar por tanto mais…) e a cada dia que passa me contento mais um pouco. Saímos os dois à mesma hora (feliz coincidência) enquanto deixamos a tua irmã a dormir. A realidade é que já não somos os primeiros a bater a porta… Fico feliz todos os dias, não só pelo mar mas por saber que nos mantivemos juntos (todos) e que conseguimos realizar aquele sonho que começou numa noite enquanto víamos as casas que estavam à venda em qualquer lugar. Diria loucura mas agora não viveria sem esta saudável loucura…
Enquanto tomamos o café falamos sobre o tempo, o trânsito, as contas, coisas banais do dia-a-dia (penso sempre que estou num dejávu dos meus sonhos de menina) e até o café estar acabado parecemos dois estranhos a falar de coisas sem a mínima importância. Ao sair pela porta dizes, como em todos os dias, “porta-te mal” e eu penso sempre se essa frase poderá ter uma segunda intenção. Despeço-me de ti com um beijo no rosto e cada um de nós segue no seu caminho…
É bom saber que ainda estás por perto, mesmo diariamente distante, também há momentos em que a nossa amizade (antiga e especial) é exibida e relembrada. Podemos ter momentos em que somos meros estranhos… mas temos momentos em que não há nada de estranho entre nós!
O dia no trabalho é igual a qualquer outro, agora acho estranho ter um dia sonhado com isto, com papeladas, com contas, com administração de coisas que não me dizem o menor respeito… Mas lutei tanto por estar aqui, alcançar este lugar! Consegui-o!
Ao regressar a casa entro pela porta, sei que a menina que ficou a dormir quando eu saí de casa já lá estará à minha espera visto ter um horário de fazer inveja a todos nós… Entro pela porta sempre com um sorriso (pois prometi que o faria mesmo quando não o quisesse) e tu respondes-me com um sorriso também. Entre nós não muito mudou, continuas a ser a mesma menina que faz tudo por um sorriso meu e a qual o seu sorriso me faz sorrir. Há uns 12 anos atrás não pensaria estar aqui, hoje qualquer outro lugar me seria estranho se não estivesses por perto, se não pudesse ver o teu sorriso. É-me tão importante como o mar ou como o “bom dia” do teu irmão… Talvez até mais importante do que isso! És a razão do meu sorriso quando chego a casa.
O tempo passa-se e estamos quase todos em casa, de volta da televisão ou entusiasmados com um qualquer livro que já algum de nós leu e achou fascinante. Eu (como em qualquer outra noite) estou deitada no teu colo a ler ou a ver televisão, ou a fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Mas estou no teu colo. Tu que te tornas-te o meu fiel amigo e confidente, tu que sabes tudo da minha vida e que te tornas-te insubstituível. Tu que sabes que eu ainda penso no dia em que estarei no colo dele mas que me deixas estar no teu colo todas as noites porque sabes que isso me acalma e me relembra outros tempos. Tu que me fazes festinhas no cabelo e me deixas dormitar até chegar a hora de irmos comer…
Estamos a algum tempo a atrasar o jantar para podermos estar todos juntos a mesa, é a única hora do dia em que nos podemos juntar para conversar, para conviver. É para mim o melhor momento do dia, todos juntos…
Tu entras pela porta, ainda com o cigarro aceso, pedes desculpa pelas horas e inventas uma desculpa à pressão. Não sei se sou a única a não acreditar naquilo que dizes. Pomos a mesa e servimos o jantar. Todos notam a minha nostalgia ao olhar para a data no frigorífico. 15 de Outubro. Passaram-se 15 anos. Ainda me dói. Ainda sinto a falta dele. São incapazes de tocar no assunto e fazem de tudo para me animar, agradeço-vos tanto por isso.
Sou a primeira a sair da mesa, costumo ser das últimas mas o dia de hoje não é um dia qualquer. Dirijo-me para o meu quarto e sento-me na minha cama… Volto a olhar para o espelho onde me maquilhei mais cedo, vejo uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Tentei não pensar nisto o dia inteiro mas com a chegada da lua sinto-me incapaz de o fazer. Sentada pego em fotos antigas que estão guardadas numa caixa dita de recordações. Não o deveria fazer. Vai trazer-me mais lágrimas ao rosto. Mas agora as fotos já estão em cima da cama e já as observo uma por uma (e as lágrimas já escorrem pela cara).
A porta leva uma ligeira batida da tua mão – tuc, tuc, tuc – entras e eu tento disfarçar o choro. Sei que virão um por um saber se estou bem, todos os anos fazem isso, mas nunca tinhas sido tu o primeiro. Dizes que não preciso disfarçar, chorar faz bem, limpa o espírito. Dizes ser incapaz de imaginar a minha dor mas que se eu precisar de um ombro amigo estarás lá. Passas-me a mão pelo cabelo, pondo-o preso atrás da minha orelha e aproveitas para me limpar a lágrima que eu não consegui esconder. Dás-me um beijo na testa e dizes, como todos os anos, “o dia de amanhã será melhor”.
Eu continuo no quarto perdida nas minhas memórias e envolvida em saudades. Tu, a minha menina, entras sem bater, sabes que me vais encontrar a chorar mas assim não terei tempo de disfarçar. Não erras. Sentas-te na beira da cama e seguras uma fotografia. Nela: eu, tu, a Nini e a Joana. Juntas a sorrir. Vês-me desviar a olhar dessa foto, era talvez a última que queria ver. Juntas uma das tuas lágrimas às minhas, ambas pensamos porque é que tinha de ser assim. Nem é preciso falar. Dás-me um beijo doce e sais tão silenciosamente como entraste.
Agarro essa nossa foto e mais umas quantas que estavam junto a essa, fotos com mais de 10 anos mas pelas quais ainda luto. Não quero voltar a chorar pois ainda faltam dois de vós. E tal como pensei é o meu confidente quem me vem desejar boa noite, dizes que não gostas de me ver chorar nem triste. Eu sei que não gostas. Não sou capaz de evitar. Puxas os lençóis para baixo como que me quisesse deitar. Eu apenas aceno que não com a cabeça, estou incapaz de falar. Seguro na minha mão uma foto que tu tens também no teu quarto. Sabes que é uma foto com mais significado do que qualquer outra. Tiras-ma e dizes para me deitar. Ordenas-me. Guardas todas as fotos dentro da caixa e pões-na no fundo do armário. Dás-me um beijo e pedes que tente dormir. Eu esforço um sorriso e sento-me na cama como se me fosse deitar. Sais pela porta e apagas a luz.
Imediatamente após a tua saída volto a acender a luz e só não volto a ir buscar as fotos porque a tua irmã entra no quarto. “Sei que estiveste a chorar, compreendo o que sentes mas tens que ser forte…”, vais falando enquanto eu me deito na minha cama. Apercebes-te que não estou para conversas e apenas dizes “ainda te amo, mana”… Eu também o sinto mas já não o digo, sinto-o. Deixei de o dizer, acho que o demonstro. Dás-me um doce beijo e abafas-me na minha cama, todos me querem adormecer para que acorde amanhã com outra cara e esqueça que já passaram 15 anos.
Eu penso no quanto vocês são importantes, olho para a parede que tem uma enorme foto nossa alegres e sorridentes e consigo sorrir também (como sorrimos naquele dia em que tirámos aquela foto). Gosto de olhar para a nossa foto antes de adormecer para relembrar o quanto sou feliz a vosso lado. Mas hoje olho também para a secretária, está lá uma foto de 2007. Eu e a Joana. É antiga. Mas ainda luto por ela. Por reconquistar-te. Ainda luto pelo teu amor. Disse que não ia desistir.
Por fim adormeço, amanhã será outro dia, ter-te-ei a meu lado no pequeno-almoço, ter-te-ei à minha espera quando chegar a casa, terei o teu colo antes de jantar e adormecerei com um beijo doce. A Joana será a última pessoa que verei antes de adormecer, uma foto antiga mas que continuo a amar a cada dia que passa.

(Este é o meu poder infinito de sonhar…)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

(Queria ter-te a meu lado)

Apenas quero um momento para olhar para dentro de mim, um momento em que consigo ver para além dos olhos, para além do físico…
Observo cada traço do meu rosto e lembro-me que um dia não fui assim, lembro-me que os meus traços mudaram e reparo que estou a crescer. A ingenuidade já não é tanta e o brilho nos olhos é quase nenhum.
Antigamente eu sorria e era feliz (relembro esses momentos de não há muito tempo atrás), em criança a ingenuidade era muita mas a protecção era o bastante.
Recordo-te e revejo-te em cada traço do meu rosto, nos meus olhos ainda é o brilho dos teus que vejo, no meu sorriso (aquele que reaparece ao pensar em ti) ainda é o brilho do teu sorriso que reflicto. Na verdade os meus sonhos ainda são dos teus que os faço, os sonhos que ambos sonhamos um dia e que hoje apenas eu os posso sonhar.
Fazes-me mais que falta, ainda te sinto a meu lado e ainda te oiço sussurrar no meu ouvido. Ainda sinto a tua mão acariciar o meu cabelo e penso-te deixares-me adormecer no teu colo, ainda sinto o teu colo quando adormeço.
A verdade é que todas as vezes em que adormeço sonho que poderá ser esta a noite em que (finalmente) me juntarei a ti e me voltarás a deixar adormecer no teu regaço envolvida em carícias.
Um dia sei que o voltarei a sentir, não será só o pensamento a vaguear nem tão pouco a minha imaginação a sonhar alto.
No espelho ainda vejo o meu reflexo, com traços que eu talvez ainda mal tivesse reparado… Passaram cinco anos, e depois desses cinco anos ainda é o brilho dos teus olhos que faz brilhar os meus, ainda são os nossos sonhos que me fazem ir em frente. Não desisti, por ti. Não desistirei, por ti.
Já vi que não preciso de momentos para olhar para mim, os traços mudaram mas eu ainda sou a mesma, ainda luto por ti, por aquilo em que acreditamos, e lutarei sempre.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O Armario.

Ele estava de pantanas, tinha tudo metido la pa dentro, pedacinhos de uma passado que eu não queria recordar e que ia atirando para fundo das gavetas. Hoje a muito custo ganhei coragem para o arrumar, tirar tudo das gavetas, o presente e o passado. Pus tudo misturado em cima da cama... Olhei para lá e tive a certeza que era uma mistura que não queria fazer, gosto do que tenho presente mas o passado? Há coisas que preferia não lembrar...
Não é arrependimento, sei que fui feliz enquanto o vivi, mas não voltaria a vivê-lo agora, não agora. Agora se me dessem o meu passado não o queria, não o substituiria pelo presente nem tão pouco o colocaria no lugar do futuro, que mesmo sendo desconhecido creio ser melhor que esse passado.
O armario... ainda não está arrumado, as coisas ainda estão misturadas em cima da cama. Mas na minha cabeça está tudo arrumado, organizado por tempo e sei que estou bem assim!


(Voltaria apenas num ponto ao passado: ter-te-ia a meu lado, mudaria o mal que te fiz, não te teria magoado... És a parte do meu passado que gostaria de repor, Joana!)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Serei capaz?

Enquanto a noite me acalma e a lua me apazigua relembro-te… observando a lua me pergunto se será esta a imagem que vês. Dizes-me que as estrelas (ai) brilham mais do que em qualquer outro lugar e que é algo que gostas de observar, mesmo sabendo que nada significas para as estrelas. Eu procuro-as, também queria observa-las, contudo se elas lá estão não as consigo ver (já nem a lua observo). Porque choro agora quando (antes) sorria ao pensar em ti? Sei que ainda ai estás, mas não és a mesma. Não és a mesma que eu construí na minha cabeça, aquela a quem dei lugar no meu coração. Por mais que tente perdoar-te relembro-me que há alguém que está há procura do meu perdão e em grande parte por ti, magoei-a e não me apercebi disso, agora peço-lhe perdão como tu me pedes a mim… Será tarde demais? Para ela me perdoar? Para eu te perdoar? São perguntas que eu não queria ter que pensar, quanto mais ter que responder. Dei tudo, por ti, por ela… Terá valido a pena? (Pergunta estúpida, esta é fácil) Claro que sim! Cada momento… Contigo, com ela! Cada momento valeu a pena… Será que a perdi? Será que conseguirei perdoar-te? E ela, será capaz de me perdoar? Quero-a, preciso-a. É também o que sentes?

sábado, 19 de julho de 2008

Não quero desistir... Não o farei!

Desde o momento em que te afastas-te me perguntava e te perguntava porquê, sem nunca ter percebido que erro seria esse que tu eras incapaz de perdoar e eu incapaz de compreender.
Estive (e estou) várias vezes perdida em pensamentos e reflexões sobre coisas inúteis que nunca me levaram (nem levam) a lado nenhum…
Será tarde demais?
Culpo-me agora por não ter acreditado em ti, por ter duvidado daquilo que me disseste, por ter sido fraca, por te ter falhado, desiludido…magoado.
Ultimamente tentei não pensar onde errei mas sim porque errei, e então (finalmente) percebi o que tinha feito, porque te tinha desiludido, porque estavas (tão) magoada…
Lamento dize-lo mas a culpa foi minha, tinhas razão... Eu tive que bater com a cabeça para ver que tinhas razão… (espero não ter de perder-te por isso).
Pergunto-me outra vez se será tarde?
Amo-te, não deixarei de o fazer, não deixarei de lutar, dar-te-ei todo (esse teu) tempo necessário para perdoares, para veres que estou diferente e que preciso de ti a meu lado…

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Hoje senti-te!

Mais presente que nunca, reparo que já nem dou pela tua pessoa. Parece algo mau mas notas que o ar existe? E no entanto vives sem ele? Pois… É como tu para mim!
Disse algo que nunca pensei dizer-te, não a ti, nunca o pensei nem nos meus mais loucos devaneios. Não tu, e como tu? Mas disse! E foi sincero: lutarei por ti se me faltares (sei que não o farás), vou correr atrás de ti se te afastares (sei que não partirás), morrerei por ti se precisares (nem me importa se o fizer).
Nunca imaginei (TU?), mas a verdade é que és tu, quase tanto como ela, és tu! Neste momento mais tu que nunca, mais tu que qualquer outra!

Estás presente na minha vida, acalmas-me, e se sorrio é (muitas vezes) por ti, e se não choro é (muitas vezes) por ti, e se não me afasto é por ti! <3
Amo-te sim Cláudia! Preciso-te! Obrigada!

domingo, 13 de julho de 2008

bla bla bla

Sometimes my heart talks and I just hear bla bla bla

bla... bla... bla...

Tu estavas ali, presente como sempre, e ao mesmo tempo distante também. Já quase me habituei a essa contradição... Quase!
Eu estava calada, envolvida nos meus pensamentos, mais perdida do que nunca. Mas não queria saber, queria estar concentrada apenas nos meus pensamentos, infelizmente, concentrada em ti!
Tu vinhas ao longe, eu sabia que só te poderia observar se olhasse para trás. Isso acalmava-me. Não queria ver-te, não queria olhar para ti. Mas mais uma vez senti a tua presença e o meu coração tentou falar, bla bla bla, senti-te mais próximo. No chão já se reflectia a tua sombra. Bla bla bla. Cada vez batia com mais força como se quisesse gritar... bla bla bla. E continua a gritar, eu não oiço nada mais do que bla bla bla mas sei que ele está a gritar. Por te esquecer e por te amar, por te querer e por não te ter.

Um dia serei capaz de ouvir algo mais que bla bla bla?

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Queria não o sentir! Queria não querer...

Vejo-me mais uma vez perdida em pensamentos que não só não me fazem bem como me fazem mal…

Incrivelmente a tua presença é desconcentrante e apaziguadora, mais uma vez a tua voz me atormenta e me acalma, o brilho dos teus olhos me confunde e apaixona… (como consegues esse efeito em mim? Tão contrario?)

Tudo aquilo que sinto não será apenas e só uma ilusão? Talvez seja, mas sei que nunca passarás desse lugar onde as ilusões são feitas. (E isso será a cabeça ou o coração?)


O meu corpo estremece e o meu coração palpita com a tua presença, a tua simples presença faz com que os meus pensamentos se percam num lugar que eu não domino e até desconheço… Um lugar sob o qual eu não tenho o mínimo controlo.

Repito vezes sem conta que amar-te me faz mal. Jurei esquecer-te, mas o meu coração parece não querer, parece não deixar… A cada presença tua ele bate mais e mais, a cada ausência tua ele quase pára (baterá ele por mais algum motivo que não sejas tu?), um olhar teu e ele quase me sai pela boca… Queria apenas ver-te como me vês, pois a tua amizade deveria bastar, não deveria querer mais e mais, o meu coração não me deveria suplicar a tua presença a cada segundo da minha vida, contudo fá-lo sem dó, sem piedade.


Amo-te, por mais que o queira negar, amo-te…

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Momentaneamente...

(É incrível esta necessidade que senti, momentaneamente, de escrever para ti. Já não fazes parte do meu presente nem tão pouco farás parte do meu futuro…)
Começo por te pedir desculpa: pelo meu egoísmo, por não te deixar partir mesmo sabendo que não te corresponderei. Talvez até corresponda mais do que pensas, mas eu realmente prefiro dizer que não, prefiro dizer que não há nada que nos possa juntar pois sei que é melhor para ti e melhor para mim.
Relembro aquilo que temos neste momento, o passado, sei que é isso que nos resta. Não luto para mais. Não quero lutar. Mas incrivelmente sei que me farás falta (como já fizeste) se te afastares sem eu saber bem o porquê.
Se calhar sempre soube, o motivo era tão evidente, era por isso que lutavas, algo que eu nunca te pude dar (nem poderei). Acho que esta será a primeira vez que estarei a ser totalmente sincera contigo, eu nunca poderei sentir o mesmo que sentes, contudo vou continuar sem conseguir dizer porquê.
Desculpa. E desculpa se (mais uma vez) te desiludo. Apesar de neste momento querer o melhor para ti, não vás embora… Não sem me dizeres que vais, não sem me dizeres mais uma vez que estarás presente, não sem me dizer mais uma vez que me amas… E desculpa por não poder retribuir…

sábado, 5 de julho de 2008

A praia...

A imensa vontade de fugir levou-me até à praia sem compreender muito bem como nem porquê… Arrastou-me até à beira mar como uma leve pena e agora detém-me aqui! Sinto uma breve e doce brisa a estremecer o meu vestido e entrelaçar o meu cabelo, o cheiro da maresia invade o meu corpo como há muito não sentia…
Entretanto olho em volta e deparo-me com uma imensidão de praia, deserta, completamente minha! O meu olhar perde-se na distância e nesse momento os meus pensamentos começam a flutuar. Queria detê-los mas sou incapaz de o fazer, só a gélida água do mar é detentora dessa capacidade… E fá-lo sem qualquer destreza!
As ligeiras ondas molham-me a ponta do vestido e deixam-me incapaz de me concentrar em qualquer outra coisa que não seja a dimensão do mar… A brisa torna-se agora mais forte e faz o meu cabelo esvoaçar, porém é agora incapaz de estremecer o meu molhado vestido.
Oiço ao longe a rebentação das ondas, é uma melodia que flutua com a brisa e que juntamente com ela percorre o meu corpo e me acaricia.
Havia já muito tempo que não sentia esta calma, esta estranha e deliciosa sensação.

Abro agora os olhos, é incrível como tudo é diferente, não há praia deserta nem tão pouco calmaria!

Se calhar… é melhor mantê-los fechados e sonhar (só mais um pouco).

terça-feira, 1 de julho de 2008

We lost ourselves

Sim… Depois de tudo o que lutamos é difícil admitir, mas perdemos! Perdemos o que nunca tivemos e aquilo que conquistamos, talvez pelo único motivo que nos separava mas do qual não me consigo separar (desculpa!). Os pontos que temos em comum são o que mais repulsam e me afastam de ti, talvez sintas que não é a primeira vez…
Aquilo que nos podia (e até quero acreditar que ainda pode) unir parece não chegar! As promessas que fizemos parecem falhar! Tudo aquilo que vivemos parece não contar…
Nem sei se alguma vez te disse, se não disse fiz notar: há cenas que magoam e que me fazem fraquejar, que me fazem recuar, que me fazem repensar… É como uma ferida aberta que por muito que tente sarar todos os dias há um golpe que a faz abrir e sangrar!
Desculpa se falhei, desculpa se não sou o que esperavas que fosse, desculpa se erro a cada dia que passa, desculpa se te amo demais para te deixar ir embora, desculpa se prefiro sofrer a ver-te infeliz… Desculpa se isso nos afasta e nos magoa às duas!


sábado, 21 de junho de 2008

Só mais cinco minutos...

Por momentos recordo frases soltas de momentos somente nossos, frases soltas dos momentos mais recordados da minha vida. Sei que acabou, sei que recuamos mas estranhamente, ou nem por isso, tu ficaste e eu não te esqueci.

Por momentos os nossos momentos passam-me pela cabeça… Às vezes trocamos palavras que só nos entendemos o sentido, que só nos percebemos o motivo de ser… É incrível como conseguimos tornar o que vivemos em algo tão especial, é incrível como depois do que vivemos juntos conseguimos recuar e manter a amizade imensa que nos une. É incrível como conseguimos trocar o passado por presente e mantê-lo vivo sem nos magoarmos…

Por momentos penso se vale a pena pedir-te “só mais cinco minutos” e tentar fazer com que o passado renasça, tentar trazer o passado para o presente e futuro. Mas se isso implicar esquecer o presente ou não poder recuperá-lo mais tarde… Então prefiro manter os cinco minutos do presente, os cinco minutos do passado e todo o futuro que tivermos pela frente pois aquilo que conseguimos manter vale mais do que tudo que possamos vir a conquistar…

Por momentos tenho a certeza que só precisarei de mais cinco minutos para esquecer que te amo e seguir em frente… Obrigada por tudo!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Mana...

-Carla, hoje tive um sonho…
-Conta lá, conta lá!
-Só se me prometeres que não contas a ninguém. Prometes?
-Claro que sim. Conta lá!
-Sonhei que serias minha mana para sempre… e que nunca nos íamos magoar!
-Mas…
-Espera ainda não acabou: todos os problemas acabavam, éramos todos felizes, ninguém magoava ninguém, não havia brigas e estava tudo bem…
-Sabes…Eu ainda tenho esperança que o teu sonho se torne real, que realmente estejamos juntos para sempre, sem dor nem sofrimento, que não haja problemas e que possamos todos sorrir… Ainda acredito que um dia realmente possamos estar juntos, todos, mais uma vez! Às vezes (tantas vezes) me pergunto se deveria parar de acreditar, pois até a esperança me diz que já não vale a pena…


(E uma lágrima rola pelo rosto)


-Porque não desistes?
-Porque te amo! Porque preciso demasiado de ti para não acreditar que estaremos juntas para sempre… Porque se desistisse de ti estaria a desistir de um pedaço importante de mim! Porque sem ti eu já não sou capaz… Desculpa se deposito em ti o meu sorriso, mas se tu não me deres a mão quem estará comigo?

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Incerteza!

Mais uma vez te dedico um post... mais uma vez fico na incerteza se o poderás ler... mais uma vez penso q poucas pessoas compreenderão realmente o sentido das minhas palavras... Talvez somente uma... Talvez somente eu!

Mas mais uma vez preciso escrever para ti... Mais uma vez és tu o meu ombro amigo, o ombro que eu sinto a meu lado mas não posso ver, o ombro onde encosto a minha cabeça mas não o posso sentir... Mais uma vez é ctg q desabafo os meus problemas, és tu que me ouves mas nunca me respondes, mais uma vez me pergunto se realmente estarás a ouvir...

Somente eu sei a falta que me fazes, o teu sorriso, o teu olhar... Somente eu sei quantas vezes oiço a tua voz e tenho a certeza que não podes ser tu, somente eu sei o quanto isso me doi! Somente eu te oiço sussurrar no meu ouvido frases que nunca mais ninguém me soube dizer... Somente eu sinto saudade do teu toque, do teu cheiro, do teu carinho... Somente eu imploro a tua presença em todos os segundos da minha vida! Um dia saberei onde estás...


13 de Maio de 2007

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Hoje deito-me...

Hoje deito-me... Deito-me neste chão sozinha como se fosse a 1ªvez que o vejo, com a mesma delicadeza que me deitei outrora. Acaricio-o. Sinto-o. Fecho os olhos: observo como tudo já foi diferente, observo como um dia já fui feliz. Hoje já não (sei se) o sou. Enquanto abro os olhos a chuva molha-me o rosto. É a desculpa ideal para chorar tudo aquilo que até hoje escondi. Aqui deitada recordo tudo o que me fez feliz, não me lembro porque não faz mais ou porque acabou! Apenas me lembro que fui feliz… Lembro-me e sorriu! Sorriu e choro, pois ao mesmo tempo que fui feliz, hoje, já não (sei se) o sou.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Introdução...

O Mundo onde me escondo e renego o Mundo em que vivo... Welcome!
Este é o Mundo onde me posso exprimir, sem pensar se alguém me irá criticar ou se alguém irá dizer aquilo que devo fazer!
Custa-me quando olho em volta e tudo me faz renegar o que existe... Custa-me quando procuro um Mundo melhor e aquilo que encontro é o tal Mundo do qual me quero esconder...
Não tenho um sorriso verdadeiro no rosto mesmo quando sorrio, não choro mesmo quando as lágrimas me escorrem pela cara! Aquilo que (realmente) sinto no coração escondo, agora aqui entrego...