Onde as palavras só serão lidas por quem as quiser absorver...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

(Queria ter-te a meu lado)

Apenas quero um momento para olhar para dentro de mim, um momento em que consigo ver para além dos olhos, para além do físico…
Observo cada traço do meu rosto e lembro-me que um dia não fui assim, lembro-me que os meus traços mudaram e reparo que estou a crescer. A ingenuidade já não é tanta e o brilho nos olhos é quase nenhum.
Antigamente eu sorria e era feliz (relembro esses momentos de não há muito tempo atrás), em criança a ingenuidade era muita mas a protecção era o bastante.
Recordo-te e revejo-te em cada traço do meu rosto, nos meus olhos ainda é o brilho dos teus que vejo, no meu sorriso (aquele que reaparece ao pensar em ti) ainda é o brilho do teu sorriso que reflicto. Na verdade os meus sonhos ainda são dos teus que os faço, os sonhos que ambos sonhamos um dia e que hoje apenas eu os posso sonhar.
Fazes-me mais que falta, ainda te sinto a meu lado e ainda te oiço sussurrar no meu ouvido. Ainda sinto a tua mão acariciar o meu cabelo e penso-te deixares-me adormecer no teu colo, ainda sinto o teu colo quando adormeço.
A verdade é que todas as vezes em que adormeço sonho que poderá ser esta a noite em que (finalmente) me juntarei a ti e me voltarás a deixar adormecer no teu regaço envolvida em carícias.
Um dia sei que o voltarei a sentir, não será só o pensamento a vaguear nem tão pouco a minha imaginação a sonhar alto.
No espelho ainda vejo o meu reflexo, com traços que eu talvez ainda mal tivesse reparado… Passaram cinco anos, e depois desses cinco anos ainda é o brilho dos teus olhos que faz brilhar os meus, ainda são os nossos sonhos que me fazem ir em frente. Não desisti, por ti. Não desistirei, por ti.
Já vi que não preciso de momentos para olhar para mim, os traços mudaram mas eu ainda sou a mesma, ainda luto por ti, por aquilo em que acreditamos, e lutarei sempre.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O Armario.

Ele estava de pantanas, tinha tudo metido la pa dentro, pedacinhos de uma passado que eu não queria recordar e que ia atirando para fundo das gavetas. Hoje a muito custo ganhei coragem para o arrumar, tirar tudo das gavetas, o presente e o passado. Pus tudo misturado em cima da cama... Olhei para lá e tive a certeza que era uma mistura que não queria fazer, gosto do que tenho presente mas o passado? Há coisas que preferia não lembrar...
Não é arrependimento, sei que fui feliz enquanto o vivi, mas não voltaria a vivê-lo agora, não agora. Agora se me dessem o meu passado não o queria, não o substituiria pelo presente nem tão pouco o colocaria no lugar do futuro, que mesmo sendo desconhecido creio ser melhor que esse passado.
O armario... ainda não está arrumado, as coisas ainda estão misturadas em cima da cama. Mas na minha cabeça está tudo arrumado, organizado por tempo e sei que estou bem assim!


(Voltaria apenas num ponto ao passado: ter-te-ia a meu lado, mudaria o mal que te fiz, não te teria magoado... És a parte do meu passado que gostaria de repor, Joana!)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Serei capaz?

Enquanto a noite me acalma e a lua me apazigua relembro-te… observando a lua me pergunto se será esta a imagem que vês. Dizes-me que as estrelas (ai) brilham mais do que em qualquer outro lugar e que é algo que gostas de observar, mesmo sabendo que nada significas para as estrelas. Eu procuro-as, também queria observa-las, contudo se elas lá estão não as consigo ver (já nem a lua observo). Porque choro agora quando (antes) sorria ao pensar em ti? Sei que ainda ai estás, mas não és a mesma. Não és a mesma que eu construí na minha cabeça, aquela a quem dei lugar no meu coração. Por mais que tente perdoar-te relembro-me que há alguém que está há procura do meu perdão e em grande parte por ti, magoei-a e não me apercebi disso, agora peço-lhe perdão como tu me pedes a mim… Será tarde demais? Para ela me perdoar? Para eu te perdoar? São perguntas que eu não queria ter que pensar, quanto mais ter que responder. Dei tudo, por ti, por ela… Terá valido a pena? (Pergunta estúpida, esta é fácil) Claro que sim! Cada momento… Contigo, com ela! Cada momento valeu a pena… Será que a perdi? Será que conseguirei perdoar-te? E ela, será capaz de me perdoar? Quero-a, preciso-a. É também o que sentes?

sábado, 19 de julho de 2008

Não quero desistir... Não o farei!

Desde o momento em que te afastas-te me perguntava e te perguntava porquê, sem nunca ter percebido que erro seria esse que tu eras incapaz de perdoar e eu incapaz de compreender.
Estive (e estou) várias vezes perdida em pensamentos e reflexões sobre coisas inúteis que nunca me levaram (nem levam) a lado nenhum…
Será tarde demais?
Culpo-me agora por não ter acreditado em ti, por ter duvidado daquilo que me disseste, por ter sido fraca, por te ter falhado, desiludido…magoado.
Ultimamente tentei não pensar onde errei mas sim porque errei, e então (finalmente) percebi o que tinha feito, porque te tinha desiludido, porque estavas (tão) magoada…
Lamento dize-lo mas a culpa foi minha, tinhas razão... Eu tive que bater com a cabeça para ver que tinhas razão… (espero não ter de perder-te por isso).
Pergunto-me outra vez se será tarde?
Amo-te, não deixarei de o fazer, não deixarei de lutar, dar-te-ei todo (esse teu) tempo necessário para perdoares, para veres que estou diferente e que preciso de ti a meu lado…

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Hoje senti-te!

Mais presente que nunca, reparo que já nem dou pela tua pessoa. Parece algo mau mas notas que o ar existe? E no entanto vives sem ele? Pois… É como tu para mim!
Disse algo que nunca pensei dizer-te, não a ti, nunca o pensei nem nos meus mais loucos devaneios. Não tu, e como tu? Mas disse! E foi sincero: lutarei por ti se me faltares (sei que não o farás), vou correr atrás de ti se te afastares (sei que não partirás), morrerei por ti se precisares (nem me importa se o fizer).
Nunca imaginei (TU?), mas a verdade é que és tu, quase tanto como ela, és tu! Neste momento mais tu que nunca, mais tu que qualquer outra!

Estás presente na minha vida, acalmas-me, e se sorrio é (muitas vezes) por ti, e se não choro é (muitas vezes) por ti, e se não me afasto é por ti! <3
Amo-te sim Cláudia! Preciso-te! Obrigada!

domingo, 13 de julho de 2008

bla bla bla

Sometimes my heart talks and I just hear bla bla bla

bla... bla... bla...

Tu estavas ali, presente como sempre, e ao mesmo tempo distante também. Já quase me habituei a essa contradição... Quase!
Eu estava calada, envolvida nos meus pensamentos, mais perdida do que nunca. Mas não queria saber, queria estar concentrada apenas nos meus pensamentos, infelizmente, concentrada em ti!
Tu vinhas ao longe, eu sabia que só te poderia observar se olhasse para trás. Isso acalmava-me. Não queria ver-te, não queria olhar para ti. Mas mais uma vez senti a tua presença e o meu coração tentou falar, bla bla bla, senti-te mais próximo. No chão já se reflectia a tua sombra. Bla bla bla. Cada vez batia com mais força como se quisesse gritar... bla bla bla. E continua a gritar, eu não oiço nada mais do que bla bla bla mas sei que ele está a gritar. Por te esquecer e por te amar, por te querer e por não te ter.

Um dia serei capaz de ouvir algo mais que bla bla bla?

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Queria não o sentir! Queria não querer...

Vejo-me mais uma vez perdida em pensamentos que não só não me fazem bem como me fazem mal…

Incrivelmente a tua presença é desconcentrante e apaziguadora, mais uma vez a tua voz me atormenta e me acalma, o brilho dos teus olhos me confunde e apaixona… (como consegues esse efeito em mim? Tão contrario?)

Tudo aquilo que sinto não será apenas e só uma ilusão? Talvez seja, mas sei que nunca passarás desse lugar onde as ilusões são feitas. (E isso será a cabeça ou o coração?)


O meu corpo estremece e o meu coração palpita com a tua presença, a tua simples presença faz com que os meus pensamentos se percam num lugar que eu não domino e até desconheço… Um lugar sob o qual eu não tenho o mínimo controlo.

Repito vezes sem conta que amar-te me faz mal. Jurei esquecer-te, mas o meu coração parece não querer, parece não deixar… A cada presença tua ele bate mais e mais, a cada ausência tua ele quase pára (baterá ele por mais algum motivo que não sejas tu?), um olhar teu e ele quase me sai pela boca… Queria apenas ver-te como me vês, pois a tua amizade deveria bastar, não deveria querer mais e mais, o meu coração não me deveria suplicar a tua presença a cada segundo da minha vida, contudo fá-lo sem dó, sem piedade.


Amo-te, por mais que o queira negar, amo-te…

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Momentaneamente...

(É incrível esta necessidade que senti, momentaneamente, de escrever para ti. Já não fazes parte do meu presente nem tão pouco farás parte do meu futuro…)
Começo por te pedir desculpa: pelo meu egoísmo, por não te deixar partir mesmo sabendo que não te corresponderei. Talvez até corresponda mais do que pensas, mas eu realmente prefiro dizer que não, prefiro dizer que não há nada que nos possa juntar pois sei que é melhor para ti e melhor para mim.
Relembro aquilo que temos neste momento, o passado, sei que é isso que nos resta. Não luto para mais. Não quero lutar. Mas incrivelmente sei que me farás falta (como já fizeste) se te afastares sem eu saber bem o porquê.
Se calhar sempre soube, o motivo era tão evidente, era por isso que lutavas, algo que eu nunca te pude dar (nem poderei). Acho que esta será a primeira vez que estarei a ser totalmente sincera contigo, eu nunca poderei sentir o mesmo que sentes, contudo vou continuar sem conseguir dizer porquê.
Desculpa. E desculpa se (mais uma vez) te desiludo. Apesar de neste momento querer o melhor para ti, não vás embora… Não sem me dizeres que vais, não sem me dizeres mais uma vez que estarás presente, não sem me dizer mais uma vez que me amas… E desculpa por não poder retribuir…

sábado, 5 de julho de 2008

A praia...

A imensa vontade de fugir levou-me até à praia sem compreender muito bem como nem porquê… Arrastou-me até à beira mar como uma leve pena e agora detém-me aqui! Sinto uma breve e doce brisa a estremecer o meu vestido e entrelaçar o meu cabelo, o cheiro da maresia invade o meu corpo como há muito não sentia…
Entretanto olho em volta e deparo-me com uma imensidão de praia, deserta, completamente minha! O meu olhar perde-se na distância e nesse momento os meus pensamentos começam a flutuar. Queria detê-los mas sou incapaz de o fazer, só a gélida água do mar é detentora dessa capacidade… E fá-lo sem qualquer destreza!
As ligeiras ondas molham-me a ponta do vestido e deixam-me incapaz de me concentrar em qualquer outra coisa que não seja a dimensão do mar… A brisa torna-se agora mais forte e faz o meu cabelo esvoaçar, porém é agora incapaz de estremecer o meu molhado vestido.
Oiço ao longe a rebentação das ondas, é uma melodia que flutua com a brisa e que juntamente com ela percorre o meu corpo e me acaricia.
Havia já muito tempo que não sentia esta calma, esta estranha e deliciosa sensação.

Abro agora os olhos, é incrível como tudo é diferente, não há praia deserta nem tão pouco calmaria!

Se calhar… é melhor mantê-los fechados e sonhar (só mais um pouco).

terça-feira, 1 de julho de 2008

We lost ourselves

Sim… Depois de tudo o que lutamos é difícil admitir, mas perdemos! Perdemos o que nunca tivemos e aquilo que conquistamos, talvez pelo único motivo que nos separava mas do qual não me consigo separar (desculpa!). Os pontos que temos em comum são o que mais repulsam e me afastam de ti, talvez sintas que não é a primeira vez…
Aquilo que nos podia (e até quero acreditar que ainda pode) unir parece não chegar! As promessas que fizemos parecem falhar! Tudo aquilo que vivemos parece não contar…
Nem sei se alguma vez te disse, se não disse fiz notar: há cenas que magoam e que me fazem fraquejar, que me fazem recuar, que me fazem repensar… É como uma ferida aberta que por muito que tente sarar todos os dias há um golpe que a faz abrir e sangrar!
Desculpa se falhei, desculpa se não sou o que esperavas que fosse, desculpa se erro a cada dia que passa, desculpa se te amo demais para te deixar ir embora, desculpa se prefiro sofrer a ver-te infeliz… Desculpa se isso nos afasta e nos magoa às duas!